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Bica da Carioca

Centro Histórico

Freguesia Cult por Freguesia Cult
27 de abril de 2020
em Memória
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Bica da Carioca
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Bicas, cariocas, fontes e chafarizes são importantes obras públicas das colônias, freguesias e vilas, símbolos históricos sem os quais as cidades não sobreviveriam.  O termo “carioca” se popularizou no Brasil. Remete à kara’iwa, expressão tupi-guarani que significa “casa de branco”. Também é usado por estudiosos, referindo-se a aldeias e a tribos indígenas, e ainda apelida os habitantes ou naturais do município do Rio de Janeiro.

A carioca de São José, construída em 1840 pela Câmara Municipal, foi, durante cerca de um século, a principal solução de fornecimento de água para os moradores. Caracterizava um ponto de encontro e de socialização da população e abastecia as pipas de aguadeiros, que forneciam água em suas carroças, puxadas por burro ou cavalo, pela cidade.

A “Bica da Carioca” localiza-se no Centro Histórico de São José, aos fundos e à esquerda da Igreja Matriz, junto a um pequeno lago sombreado. A nascente vem da área posterior, ocupada por densa vegetação. O terreno é murado aos fundos. Nele foi erguido o reservatório de água, com emblemática cobertura em forma de prisma, coroada por um capitel arredondado. À sua frente, amparado por uma cobertura, está um nicho protegido, ladeado por banco. Ali as pessoas colhiam uma água límpida e fresca. Em 1940, o conjunto foi reformado, sendo ampliada a área de uso das lavadeiras, construindo-se um tanque com 14 lavadores, servidos por abundante água corrente.

O ofício da lavação, atividade executada por escravas e mulheres livres em outros tempos, declinou, primeiramente com a extinção da escravatura e, posteriormente, em razão do abastecimento por água encanada e da adoção dos modernos equipamentos domésticos – as lavadoras elétricas. A partir dos anos de 1970, as tradicionais trabalhadoras lavadeiras foram deixando de usar o tanque, e o reservatório ficou sem uso, servindo apenas em ocasiões muito eventuais. Hoje resta o marco cultural, que merece preservação, visibilidade e inserção na cidade contemporânea.

 

Texto de Osni Machado e Eliane Veiga extraído do livro ‘São José – uma Cidade Imperial’, de José Cipriano da Silva (Florianópolis, 2013).


 

Sobre Cipriano

O artista plástico José Cipriano da Silva nasceu no município de São José, em 22 de outubro de 1935. Aos 13 anos, produzia histórias em quadrinhos e charges – algumas, inclusive, eram publicadas pelo jornal ‘O Estado’, referência à época. Em 1953, Cipriano formou-se em Carpintaria Civil Naval na Escola Técnica Federal de Santa Catarina. Durante este período, até meados de 1995, trabalhou em desenhos técnicos, artísticos, arquitetônicos e publicitários.

Em 1997, aos 62 anos, o artista autodidata, resolve mostrar sua arte ao grande público. Assim, apresenta obras que revelam a riqueza da história arquitetônica da Grande Florianópolis, com seus casarios e fortalezas, e detalhes da pesca artesanal na região, em várias exposições coletivas e individuais. Muitas de suas obras estampam postais, pôsteres, peças e painéis cerâmicos, livros e figuram, inclusive, em vídeo documentário.

Aos 77 anos, Cipriano decide retomar o contato com suas origens e volta-se à cidade natal, São José, pesquisando e conhecendo in loco alguns dos principais patrimônios históricos do município. Como resultado, produziu 21 obras de arte que expressam a riqueza da história e da arquitetura da cidade. Tais obras ilustram o livro ‘São José – uma Cidade Imperial’, lançado por ele em 2013. Cipriano faleceu em 2017, deixando um importante legado de valorização do patrimônio arquitetônico luso-açoriano e das raízes históricas da ‘imperial’ São José.

 

Foto: Acervo da família de José Cipriano da Silva 

 

 

Tags: Bica da CariocaCentro HistóricoJosé Cipriano da SilvaSão José
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