O Educandário Santa Catarina, localizado em São José, na Grande Florianópolis, foi a instituição catarinense escolhida para receber a doação de um biodigestor, que transforma resíduos orgânicos em biogás. A ação é resultado de uma parceria nacional entre Fundação ENGIE e Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), responsável pela instalação de 18 biodigestores em escolas e comunidades de diferentes regiões do país. O biogás gerado pelos novos equipamentos é utilizado como substituto ao gás de cozinha, ajudando a reduzir o consumo de gás tradicional, a reaproveitar os resíduos gerados e também a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Os equipamentos doados pela ENGIE possuem capacidade de gerar até 7 horas de biogás por dia a partir de apenas 10 quilos de resíduos orgânicos, garantindo uma economia de custos na hora de cozinhar, além de diminuir a quantidade de resíduos que iria para aterros sanitários. Além disso, um equipamento pode reduzir até seis toneladas de emissões de gases de efeito estufa anualmente, o que traz um benefício significativo também para o planeta, uma vez que foca na mitigação de um dos gases com maior potencial de aquecimento global, o metano. O biodigestor produz ainda um biofertilizante líquido natural, garantindo uma fonte contínua e sustentável para a fertilização de hortas do Educandário.
“Este projeto não apenas promove a sustentabilidade, mas também educa nossos alunos sobre a importância de práticas ecológicas e tomada de decisões responsáveis. A doação do biodigestor representa um grande avanço na promoção da educação ambiental e da sustentabilidade. Vai além da teoria, oferecendo uma experiência prática valiosa. Este é o caminho para formar cidadãos responsáveis, conscientes de seu impacto no meio ambiente”, afirmou a presidente do Educandário Santa Catarina, Marly Ziliotto Gomes. Fundado em 1936, o Educandário Santa Catarina é uma entidade privada e sem fins lucrativos de caráter educacional e assistencial, que atualmente atende gratuitamente 540 crianças. Dessas, 380 são atendidas em período integral na Educação Infantil, e as demais, de 6 a 14 anos, no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no contraturno escolar.
“Para a ENGIE, uma empresa com 100% de geração de energia renovável, é muito gratificante estimularmos o uso do biodigestor pelo país, uma tecnologia sustentável e escalonável que possibilita a gestão adequada dos detritos naturais e desempenha um importante papel na proteção do meio ambiente. A ação também tem um impacto educacional muito positivo, trazendo na prática o tema sustentabilidade para o dia a dia das crianças que frequentam as escolas contempladas”, destacou a Gerente de Responsabilidade Social da ENGIE Brasil Energia, Luciane Pedro.
Início da operação
Já presente em mais de 100 países, o modelo do biodigestor chegou ao Brasil em 2018 e hoje está presente em todos os estados, contando com mais de 1.100 instalações pelo país. Para iniciar o funcionamento, basta adicionar esterco anima ou resíduos de alimentos e água, nas quantidades indicadas de acordo com o modelo instalado. Uma equipe técnica vai ao local da instalação para dar o suporte necessário no início da operação.
Depois de cerca de um mês, o sistema gera as primeiras chamas e inicia a produção e armazenamento de biogás, pronto para uso na cozinha. A partir daí, é possível fazer a alimentação do aparelho com os restos dos alimentos que iriam para o lixo. O projeto conta, ainda, com a participação de 31 voluntários do Grupo ENGIE, que integram a organização Energy Assistance e vão apresentar conceitos de transição energética para jovens, crianças e adultos durante a instalação dos equipamentos.
Fotos: Divulgação
